
Qualidade da educação e aprendizagem
Olá, pessoal. Agradecemos os comentários postados.
Acrescentamos um novo texto para leitura, mais abaixo, neste mesmo post, comentando as falas dos especialistas.
Respondemos também a todos comentários que vcs fizeram. A cada resposta, acrescentamos uma nova pergunta, que gostaríamos que vcs nos trouxessem, preferencialmente, por escrito, na oficina de formação. Será uma forma bastante rica de nos conhecermos melhor e trocarmos ideias, na preparação para grande desafio que nos espera.
Leiam também os comentários dos colegas!
Abraços e até breve!
Marcelo Nonato e Luciana Gil
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Prezados estagiários do Programa Integrar , sejam bem-vindos!
O principal desafio do Programa Integrar é contribuir para a melhoria da qualidade da educação nas escolas públicas em Paracatu.
Essa qualidade, na visão do Programa, se realiza na aprendizagem do aluno. Segundo Medeiros e outros (2013, p.22): “De forma ampla, pode-se definir o aprendizado do aluno como o objetivo maior da escola”. Escola boa é aquele em que o professor ensina e o aluno aprende. Portanto, para nós, a qualidade da educação está intimamente relacionada com a qualidade da aprendizagem dos alunos, que pode ser mensurada por meio das avaliações oficiais externas à escola, como o Saeb/Prova Brasil e o Simave/Proeb-MG.
Daí a importância para o Programa Integrar do bom desempenho dos alunos nessas provas oficiais, com alcance ou superação das metas estabelecidas, especialmente, a nota do Ideb de cada escola. Essa diretriz implica em vários desafios, pois não basta que o educador ou a escola ensinem, é preciso que os alunos aprendam. Como sabemos, é direito de todos aprender, mas nem todos conseguem aprender no mesmo ritmo.
Assim, um ponto importante nesse contexto, o nosso ponto de partida, é compreender bem a diferença entre uma educação orientada para a acumulação de conhecimentos e uma educação voltada para o desenvolvimento de competências.
Para isso, como tarefa preparatória à nossa primeira oficina de formação, assista a um ou mais dos vídeos abaixo e responda à questão a que se segue.
Com base nos argumentos apresentados, discorra sobre uma competência essencial a ser aprendida na escola e que você considere imprescindível para o desenvolvimento dos seus futuros alunos no Programa. Deixe sua resposta na caixa de comentários abaixo, com seu nome completo.
Referências:
- MEDEIROS, Mirna de Lima e outros. Gestão e complexidade na escola pública. Annablune Editora. São Paulo, 2013.
- O desafio da educação por competências (equipe do Programa Integrar) – http://goo.gl/rPWG8k
- Descrição completa do Programa Integrar – http://goo.gl/3DdJdc
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[Atualizado em 31 mar. 2016]
Alguns comentários sobre os vídeos apresentados.
O professor Nilson Machado faz uma provocação inicial, afirmando que finalidade maior da Educação Básica não é ensinar matérias ou conteúdos disciplinares. Diz que matérias ou disciplinas são MEIOS para desenvolver nos alunos competências específicas relacionadas ou derivadas das competências básicas de ler, escrever e contar. Ele usa a expressão “desenvolver ampliações das ideias mestras de ler, escrever e contar”. Cita também 3 pares de competências básicas que todas as disciplinas deveriam desenvolver, e ressalta, com grande ênfase: “não há outra maneira de desenvolver competências senão estudando conteúdos… assim como não há chance de haver uma pessoa competente sem conteúdos”. O papel da escola e do professor, na visão dele, vai além de simplesmente “passar conteúdos”.
Já o professor Celso Antunes afirma que todos nascemos com capacidades e as desenvolvemos no meio em que vivemos. Diz que é papel da escola ampliar e desenvolver as competências que os alunos já possuem. Afirma que, nesse esforço, a escola precisa ensinar aos alunos atividades, aparentemente, muito básicas, como fazer um caderno, fazer uma pesquisa ou até mesmo aprender a estudar. Apresenta também uma definição de competência bastante interessante. Na visão dele, competência é “a capacidade de mobilizar recursos mentais para resolver problemas ou superar obstáculos”. Este raciocínio sugere que as competências desenvolvidas na escola por meio do estudo de conteúdos curriculares devem ajudar os alunos – e futuros adultos – a resolver problemas e desafios da vida cotidiana.
Um outro autor, que não está nos vídeos, o economista Marcelo Neri, da FGV-RJ, afirma que a “Educação Básica promove uma acumulação de capital humano geral que só se deprecia quando o indivíduo morre”. Só para contextualizar, a Educação Básica no Brasil compreende os níveis da Educação Infantil até o Ensino Médio. Obviamente, o autor não está se referindo a “quantidades de conhecimentos memorizados” na escola, mas a competências e habilidades que utilizaremos – e ampliaremos, se continuarmos estudando – durante toda nossa existência, nas diversas situações da vida.
É neste contexto que devemos entender a afirmação da professora Viviane Mosé, que esteve em Paracatu em fevereiro de 2016 fazendo palestras para funcionários da Kinross e gestores de escolas públicas: “o primeiro lugar no vestibular (tradicional) é o rei do conhecimento inútil… O vestibular quer saber o que você sabe. O Enem quer saber o que você faz com o que você sabe”. O Enem, como a Prova Brasil é um tipo de avaliação prioriza o raciocínio do aluno na interpretação e resolução de situações-problema, e não a sua capacidade de memorizar conteúdos ou fórmulas. Para isso, a autora preconiza uma educação em escolas públicas que desenvolva habilidades e competências; ou seja: que desenvolva a inteligência do aluno. Diz que devemos lutar por uma educação libertadora, com mecanismos de avaliação, como a Prova Brasil e o Enem, que capacite o aluno a ler a realidade em que está inserido para poder transformá-la. A escola, afirma ela, tem de ajudar o aluno a viver melhor.
Essas ideias fortalecem a proposta do Programa Integrar. Nosso objetivo é contribuir para a melhoria da qualidade da educação nas escolas apoiadas, auxiliando professores e gestores no desenvolvimento de competências e habilidades cognitivas nos alunos, como ler, interpretar, analisar, argumentar, resolver problemas, a partir do estudo dos conteúdos curriculares obrigatórios. A medida de aferição dessa qualidade do ensino é a nota do Ideb (saiba mais AQUI) de cada escola.
Nossa meta é a aprendizagem dos alunos. Acreditamos que todos, sem exceção, têm o direito de estar na escola e de aprender. Acreditamos que todos podem aprender, ainda que em ritmos e velocidades diferentes. Chamamos isso de princípio da educabilidade.
Para o cumprimento dessa meta, focamos o nosso esforço em auxiliar os professores no desenvolvimento das habilidades descritas nas Matrizes de Referência da Prova Brasil (acesse-as AQUI), definidas pelo Inep/Ministério da Educação. Trabalhamos com as turmas em finais de ciclos que participarão da Prova Brasil 2017, acompanhando-as por 2 anos. Não fazemos “treinamento” para a Prova Brasil, porque isso, além de inútil, implicaria em trabalhar estratégias de memorização e não o desenvolvimento de habilidades e competências. Queremos que os alunos aprendam a pensar, isto é: queremos que aprendam a ler, a interpretar e a resolver problemas adequados ao nível de ensino em que cursam. E acreditamos que isso fará imensa diferença em suas vidas!
Aprofundaremos esses assuntos em nossa próxima oficina presencial para estagiários do Programa Integrar, no início de abril.
Até lá.
Dentre várias competências essenciais a serem aprendida na escola como: respeitar as identidades e diferenças, adquirir, avaliar e transmitir informação, saber conviver em grupo e entre outras, gostaria de destacar uma competência que no meu modo de pensar é essencial e que desejo desenvolver com o meus alunos, que é “aprender a estudar”. Quero poder questionar eles e eu também a maneira mais eficaz de se aprender algo para evitar perdas de tempo “estudando errado”. No segundo vídeo o professor fala de estimular a capacidade dos alunos e diz que é preciso ensinar o aluno a estudar.
Verdade. No meu caso, a disciplina que vou trabalhar é a matemática, e quero estimular os alunos a ter uma estratégia de estudo, já que na matemática, se observa várias maneiras de se resolver o mesmo cálculo. Macetes e abordagens corretas tornam mais fáceis o estudo e faz com que nosso cérebro, consiga entender e assimilar com mais facilidade.
Excelente, Rafael!
Esse foi um dos pontos que o Professor Celso Antunes destacou na sua fala. Deu para perceber que você realmente captou o significado da educação por competências!
Estimular o “aprender a estudar” é um dos maiores desafios para qualquer educador, pois envolve conhecimento da individualidade de cada criança e estímulos à motivação, disciplina, estabelecimento de rotinas, dentre outros aspectos.
Ficamos curiosos para conhecer suas estratégias e macetes! Você poderia nos dar um exemplo de uma estratégia que considera interessante para a finalidade de “ensinar o aluno a estudar”?
Abraços, Luciana Gil
Depois de assistir a esses vídeos, pude analisar como eu no lugar de pedagoga vou conseguir desenvolver as atividades com os alunos, para que seja desenvolvida as capacidades e suas habilidades e como posso utilizar os conteúdos para que esses alunos tenham coragem de mudar o mundo e não transferir a resolução de problemas para outra pessoa.
Olá, Tatiane. Bem-vinda ao Programa Integrar!
Você usou uma palavra “coragem”, que gostamos muito, ao se referir à educação, pois significa “agir com o coração”. Ser educador implica em ter coragem todos os dias e o ato de coragem também envolve competências sócio emocionais. A Viviane Mosé falou sobre isso no vídeo. Você comenta sobre “não transferir a resolução de problemas para outra pessoa”, ato que envolve a coragem de assumir para si responsabilidades. Isso é um desafio, não é mesmo?
Agora, conte para a gente: como você pretende “encorajar os seus alunos” a se desenvolver com autonomia? Pense em uma atividade bem prática.
Bom trabalho! Luciana Gil
Muito bom os videos.
Na minha opinião a argumentação e uma das competências que todas as escolas públicas deverias trabalhar com um maior foco, sendo que, para desenvolver essa habilidade, é necessário cada vez mais adquirir conhecimento.
Olá, Fábio! Que bom que gostou dos vídeos!
Sem dúvida, a argumentação é uma competência que depende da formação repertório, muita leitura, senso crítico e também de muito treino. O professor Nilson fala disso no seu vídeo. Argumentar é saber inferir, relacionar e demonstrar um determinado ponto de vista ou assunto. Pode-se usar essa competência, inclusive, para se comprovar o resultado de um problema.
Você poderia nos dar uma sugestão de uma atividade prática de Matemática para alunos do 8º ano que propicie o desenvolvimento da capacidade de argumentação?
Abraços, Luciana Gil
A escola é lugar de se formar cidadãos, não com a visão de antigamente que se limitava apenas em ter domínio e conhecimento na escrita ou nas 4 operações. O papel da escola é de desafiar os alunos a pensarem por si só, a criarem não apenas seguirem modelos, desenvolver a criticidade, buscar trazer sempre a realidade do aluno de forma contextualizada afim de trabalhar o chá pedagógico que são as habilidades e competências para que ele possa estar inserido na sociedade completamente desenvolvido como ser humano. As disciplinas, habilidades e competências estão interligadas para que possa ser desenvolvido no aluno num todo o seu ser.
Olá, Joziane.
Que bom poder contar com você por mais ano no Programa Integrar!
Muito boa a sua referência ao CHA: habilidades, conhecimentos e atitudes. Você tocou também num ponto essencial sobre o papel da escola, que é o de formar cidadãos. O exercício da cidadania envolve uma série de competências e habilidades de relacionamento e comunicação interpessoal, convívio e participação social etc.
Pensando em seu trabalho como estagiária, de que forma você poderia contribuir para a formação de seus alunos como cidadãos? Pense em uma atividade prática em sala de aula, no contexto do Programa, que ajude a desenvolver a cidadania nos alunos. Conta pra gente!
Abraços, Luciana Gil.
O simples fato de de decorar conteúdos já não basta, é preciso saber como aplicar o aprendizado no dia a dia.
Resolver situações-problema do cotidiano é uma competência fundamental para os alunos. Por exemplo, o “Teorema de Pitágoras”, devemos sobretudo além e aprender, usar esse conhecimento para resolver problemas de geometria.
Pois é, Pedro. Você viu como a Viviane Mosé foi enfática nesse ponto, não é? O ato de decorar por decorar não agrega à formação integral do indivíduo, e pior, pode atravancar a criatividade, a autonomia e uma série de outras competências essenciais.
De que forma vc trabalharia o Teorema de Pitágoras, com alunos do 8º ano, de forma que os alunos fossem capazes de aplicar esse conhecimento em diversas situações da vida social? Procure exemplificar sua estratégia pedagógica de forma bem prática.
Quem bom que vc está mais um ano conosco, Pedro!
Até breve, Luciana Gil.
Fala-se muito em e educação, e educação com qualidade. Mas o videos acima assistidos nos leva a pensar que tipo de qualidade é essa necessária para os nosso alunos? O primeiro autor diz não basta apenas apenas interpretar e analisar,temos também que ensina-los a ver os contextos, e a chegar a uma conclusão favorável, onde reside. o segundo propõe que decoreba que outrora se usava, hoje já não se há mais nenhum serventia e por fim a terceira nos ensina que aquele que passa no vestibular é o detentor do sabe que não lhe terá nenhuma serventia futura, e que o nosso foco como educador deve ser formar cidadãos criticamente formado, detentor de um saber o qual a sociedade irá lhe cobrar futuramente, e acima de tudo um cidadão emancipado, com capacidade de pensar por si próprio, com questões que envolva desde a mais simples a mais complexa questão; sendo assim seremos a base formadora de cidadão livres, e detentores dos saberes o qual a sociedade irá lhe cobrar com competência ao meio onde se esta inserido.
Olá, Aline! Seja bem-vinda!
Vc realmente destacou pontos importantíssimos nos 3 vídeos!
É essencial, nas estratégias de ensino, ir além da “decoreba”; dos conhecimentos desconectados do contexto em que se vive e do acúmulo de saberes que não ajudam o aluno a viver melhor. A qualidade da educação, que vc destaca, fundamenta-se no aprendizado de competências, a partir do estudo de conteúdos. É como se os conteúdos fossem o “corpo” e as competências fossem a “alma” dos saberes que se aprendem na escola.
Sugestão: pense em uma atividade prática que desenvolva no aluno a habilidade de “Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato”. Esse é um dos descritores da Prova Brasil. Como vc faria para que o seu aluno de 8º ano desenvolvesse essa habilidade?
Abraços, Marcelo Nonato
Muito bom os vídeos.
A fase do estágio em nossa caminhada é muito importante, pois nos permite aos poucos perceber como se da á prática pedagógica nas instituições de ensino. O desenvolvimento e a transformação do mundo somente serão possíveis quando os educadores tiverem consciência de seu papel na sociedade e da importância de valorizar o aluno como um todo. Com certeza irei trabalhar com bastante responsabilidade auxiliando os alunos no processo de construção de conhecimentos. Parabéns ao Programa Integrar pela iniciativa para a qualidade de ensino em nossa cidade.
Seja bem-vinda, Karine!
Ficamos contented que tenha gostado dos vídeos. Eles tocam em questões muito pertinentes para se refletir, especialmente para aqueles que como você pretendem trilhar um caminho na área da Pedagogia.
Você falou sobre a importância de se valorizar o aluno como um todo. Como vc faria, em termos práticos, para “valorizar o aluno” e, ao mesmo tempo, desenvolver a habilidade específica de “Identificar o tema de um texto”? Pense em uma atividade pedagógica que desenvolva essa habilidade, que é um dos descritores da Prova Brasil.
Até breve, Luciana Gil
Por muito tempo, os professores se acostumaram a chegar à escola e procurar pelo programa a ser ministrado. Este lhes era dado pronto, muitas vezes vindo de bem longe. É só isso hoje em dia não basta para uma aprendizagem boa, é preciso como foi visto no primeiro vídeo, mais atividades fora de sala de aula para que possa chamar a atenção dos nossos alunos para os estudos. Temos que fazer com que os alunos se interesse pelos estudos, talvez com uma aula mais descontraída e divertida. Assim, você poderá trazer os seus alunos pra mais perto de você.
Que bacana seus comentários, Vitor!
Acreditamos, como vc, que essa visão mais ampla sobre o processo de ensino-aprendizagem, que considera o aluno como um sujeito e como não um objeto, é um caminho sem volta.
Também gostamos da ideia de atividades FORA de sala, mas como nem sempre isso é possível, gostaríamos de saber: que estratégia vc utilizaria para tornar a aprendizagem DENTRO de sala aula mais descontraída e divertida? Pense em uma atividade bem prática, por exemplo, que estimule o aluno a desenvolver a habilidade de “calcular o resultado de uma adição ou subtração de números naturais”. Importante: esse é um dos descritores da Prova Brasil, que vc irá trabalhar como estagiário
Abraços, Luciana Gil
Depois de assistir aos vídeos pude observar que posso ajudar os alunos a se interessarem mais à respeito do conteúdo e junto com os alunos fazer com que eles participem mais, para que possamos desenvolver uma maneira mais prazerosa onde todos os alunos possam mostrar suas habilidades e capacidade de aprendizagem, com o conteúdo no qual estará sendo aplicado, e que todos sejam favorecidos de conhecimentos.
Um ponto de observação a ser destacado é o incentivo sistemático para que o aluno seja mais curioso e também que ocorra nele naturalmente o interesse de sempre querer saber mais. A leitura é uma ferramenta fundamental para que o aluno desenvolva as suas competências e habilidades e se torne um aliado junto à rotina do dia à dia, fazendo com que nós consigamos ensiná-los aplicando algumas técnicas de aprendizagem que serão facilmente entendido pelos alunos, tornando assim o estudo num momento bem agradável e proveitoso.
Seja bem-vinda, Luciene!
Vc traz dois aspectos importantes, que se completam: como tornar o ensino mais atraente para o aluno e como estimular sua curiosidade.
Aliás, adoramos a ideia de despertar a curiosidade como estratégia para promover o aprendizado! Crianças que tiveram sua curiosidade estimulada podem se tornar adultos criativos e proativos, que sempre encontrar saídas inovadoras para os problemas que enfrentam.
Pense em uma atividade prática, que possa ser levada no ambiente de reforço escolar, que desperte a curiosidade de um aluno com dificuldades de aprendizagem e, ao mesmo tempo, desenvolva sua competência para interpretação de textos. Como vc faria?
Abraços, Luciana Gil
Primeiramente Parabéns pela qualidade das informações contidas nos vídeos. Pois bem, as competências, ao integrarem-se na escola como um processo de inovação, pressupõem uma concepção de currículo mais aberta e abrangente, dependente de práticas educativas mais autônomas, flexíveis, e adequadas a cada contexto. O que o aluno aprende precisa se estender para outros contextos. Precisa ser útil para ele em diversas situações, dentro e fora da escola, já que compreender envolve saber explicar, justificar, relacionar, aplicar e extrapolar conhecimento, ou seja, desenvolver habilidades. Essas habilidades deveriam ser os objetivos a serem perseguidos pela escola, pois são as características que descrevem o papel do aluno sujeito da própria aprendizagem. A construção social do papel de aluno pode contribuir para ampliar o conhecimento sobre os ritos de consenso e a ordem moral que estão na base da cultura escolar. Compreendi que as crianças no papel de aluno não podem existir sem praticar, participando da instituição educativa, socializando-se, fazendo escolhas e comunicando-se com os outros. É necessário buscar meios para que a atenção dos nossos alunos seja focado no aprendizado, com qualidade e precisão. Desejo que esse ano de 2016 os alunos do Projeto alcance todas as expectativas almejada, que nosso trabalho passa ser realizado com muita dedicação, e que eu possa ter boa memória de bons frutos assim como tive no ano passado.
Bem bacana as referências que vc trouxe, Pedro!
“Estender o aprendizado para diferentes contextos”, que vc menciona, certamente, é algo que ajuda a “fisgar” o interesse do aluno propiciando maior envolvimento na matéria trabalhada pelo professor.
Fazer com que o aluno consiga “explicar, justificar, relacionar, aplicar e extrapolar” os conteúdos aprendidos para aplicá-los em situações de sua vida é o grande objetivo da Educação. Os professores Nilson Machado e Viviane Mosé falam disso nos vídeos.
Cite um exemplo prático de ensino, na sua área de atuação como estagiário de Matemática, que estimule “a prática e a participação” dos alunos. Como vc “estenderia o aprendizado para diferentes contextos” ao trabalhar uma determinada habilidade, por exemplo “Identificar fração como representação que pode estar associada a diferentes significados”?
Até breve. Luciana Gil
O professor e pesquisador Nilton Machado mostra em sua fala que o papel da escola (antes ensinar a ler, escrever, a contar e o professor transferindo conhecimentos), mudou e hoje deve-se preocupar também em ensinar o aluno a raciocinar, explicar, resumir, observar, comparar, saber identificar, valorizar suas responsabilidades, seus limites, seus direitos, saber desenvolver estratégias e conduzir projetos, sendo individualmente ou em grupo, saber cooperar e partilhar liderança, saber conviver com regras, ou seja, desenvolver dezenas de capacidades gerais formando competências relacionadas a certas situações da vida.
Dentre tantas competências essenciais a serem alcançadas, acredito que o primeiro a necessitar de competências com grande mobilidade para atender a situações concretas é o professor. Sendo necessário que cada professor sinta o desejo de formação global de seu aluno e não por um único aspecto, específico e relacionado à sua área de atuação. Seria imensurável citar, ou, pontuar uma única competência como a mais importante.
Através da fala da educadora Viviane Mosé, “Conhecimento é troca!” analisamos a importância das trocas de experiências entre o professor e o aluno, não devemos impor as ideias e conteúdos, prazer o empoderamento do aluno. Articular competências, habilidades e conteúdos exige investimento na formação continuada docente e a troca de experiências com colegas.
Olá, Thaís!
Puxa! Vc citou tantas competências que a escola precisa desenvolver nos alunos! Foi quase uma “inundação” de competências!
São tão numerosas e desafiadoras, que pode parecer impossível ao professor e à escola dar conta de tantas responsabilidades. Daí a importância da formação continuada do professor e da troca de informações com seus colegas, de forma estruturada, lógico.
Focando na questão “Conhecimento é troca”, pense em uma atividade didática para o desenvolvimento de uma habilidade da matriz da Prova Brasil, que envolva trocas de saberes em 2 níveis: “aluno-aluno” e “aluno-professor”.
Abraços, Marcelo Nonato
A competência essencial que pretendo desenvolver com meus alunos, é aquela, que visar sair da rotina diária em salas, buscando atingir a individualidade de cada discente, ter a percepção que o conhecimento está em constante mudança ,em com isso, nós educadores, também devemos inovar em nossa forma de ensinar.
O conteúdo é fundamental, mas a maneira de transmitir é o que, de fato se torna imprescindível para o aluno.
O que se pode compreender dos vídeos, é que, o desfecho positivo desses estudantes dependem de muitos fatores, mas sobre tudo dos educadores, e que devemos sempre obter a culminância das competências desenvolvidas, se os resultados não forem como planejado, jamais desistir apenas buscar, e aprimorar para assim,conseguir concretizar o esperado,que é o sucesso de futuros adultos capazes de serem auto- críticos e formadores de opinião.
Olá, Naiara! Que bacana vc estar conosco! Seja bem-vinda!
Vc destacou um ponto importantíssimo para nós, do Programa Integrar: a importância da “maneira de transmitir o conteúdo”. Ou seja: a estratégia pedagógica que o educador utiliza faz toda a diferença no aprendizado do aluno. Assim como faz toda a diferença um educador ou uma escola que trabalha para que o aluno desenvolva competências e habilidades cognitivas a partir do estudo dos conteúdo curriculares. Esse é o grande desafio: um adulto que possui muitos conhecimentos adquiridos na escola, mas é incapaz de ler o mundo em que vive (Paulo Freire), de fazer uma autocrítica ou e de ser um formador de opinião, influenciando positivamente os que convivem com ele, é um ser humano incompleto. Não é isso que queremos.
Pense em uma atividade prática, que vc possa levar em sala de aula de 4º ano, que, ao mesmo tempo, (1) estimule o pensamento crítico de seus alunos e (2) estimule a habilidade e “Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados”, que um dos descritores da Prova Brasil. Como vc faria?
Abraços, Marcelo Nonato
Vídeos super interessantes!
Infelizmente, a educação que vemos hoje, é de professores que alienam alunos a simplesmente ouvir o que lhes são passados, e não contestar. O diferencial de um professor bem formado, para fazer a diferença com o aluno é estimulando suas capacidades, compreensão e expressão, pois não existe pessoas que compreendem e não se expressam bem!
Olá, Nayara. Que bom vc está conosco, integrando nossa equipe.
Observe que a competência de argumentação ou análise crítica, que o Professor Nilson Machado menciona no vídeo, vai além do simples ato de contestar. “Contestar” é apenas “não aceitar” o que o outro falou. Argumentar de forma consistente, que é uma competência geral que queremos que nossos alunos desenvolvam, é conseguir fazer inferências adequadas, relações necessárias, demonstrações convincentes.
Tente imaginar uma atividade em sala de aula que estimule essa competência e que envolva as habilidades de leitura e interpretação de textos, com uso das linguagens escrita e oral.
Abraços, Marcelo Nonato
Primeiramente quero parabenizar o Programa Integrar por nos proporcionar este acervo de materiais riquíssimos. E dizer que dentro dos vídeos assistidos pude observar que a maior preocupação dos educadores deverá ser o aprendizado do aluno assim como desenvolver neles as competências e entender a subjetividade de cada um dando ao aluno a oportunidade de expressar e compreender para que o argumento seja analisado de forma clara e objetiva. Outra competência que pretendo trabalhar é a de contextualizar de modo que o aluno crie novas ideias e novos conceitos diante do contexto apresentado. Até porque o vestibular e o Enem nos dá esta chance de realizar estas competências e habilidades, sabendo que o vestibular é fundamentado no conteúdo e o Enem nas competências e nas habilidades deste conteúdo. Portanto ao se deparar com uma sala de aula em primeiro lugar devemos amar o que fazemos e fazermos com competência e habilidade não deixando de passar o conteúdo básico a ser ensinado.
Olá, Marcelly. Seja bem-vinda ao Programa Integrar.
As prioridades que você indicou são realmente muito importantes: trabalhar o aprendizado dos alunos, contextualizando os conteúdos com a realidade em que vivem.
Observe que tudo isso é muito amplo e, no dia-a-dia, vocês serão chamados a intervir em aspectos muito específicos.
Por exemplo: o primeiro descritor da Matriz da Prova Brasil, de Língua Portuguesa, o mais básico de todos, é o “D1 – Localizar informações explícitas em um texto”. Assim, no texto “João e Marcos são irmãos e adoram jogar futebol com seu primo, Lucas.”, vc pode desenvolver essa habilidade de interpretação de textos, perguntando: “Quem é o primo de Marcos: João ou Lucas?” Se o aluno tiver desenvolvido essa habilidade, será capaz de identificar a informação que está explicitada no texto (“Lucas”).
Agora um desafio: escolha um texto mais “sofisticado” que este que citei, um poema infantil, por exemplo, e pense em uma atividade pedagógica que desenvolva a habilidade indicada acima. Como vc faria?
Abraços, Marcelo Nonato
Os vídeos são bem estimulantes como educadores, gostei muito do modo que o primeiro video defende o modo de aprendizagem. Nele podemos ver que saindo da rotina dos alunos de sala de aula, temos mais domínio e interesse dos alunos assim despertando o aprendizado e duvidas!! Assim podemos passar para nossos alunos.
Olá, Márcio. Seja bem-vindo.
O professor Nilson Machado, no vídeo que vc citou, destaca 3 pares de competências básicas que devem ser desenvolvidas em todas as disciplinas escolares, ao longo de todo o período que o aluno cursara a Educação Básica.
Pense no 2º par de competências que ele menciona, que são as capacidades do aluno analisar e sintetizar a respeito de um determinado fenômeno.
Como vc desenvolveria essas 2 competências nos seus alunos, a partir da proposição de um problema matemático?
Reveja novamente esse trecho do vídeo, se necessário. Pense em como aproximar esse conteúdo matemático da realidade em que vivem os seus alunos.
Como vc faria?
Abraços, Marcelo Nonato
O que considero como imprescindível para o desenvolvimento dos meus futuros alunos, destaco na fala da psicóloga, psicanalista e professora Viviane Moisé, onde ela fala que devemos trabalhar a leitura da realidade dos nossos alunos para transformá-la, porém hoje não se trabalha nas escolas com os alunos essa leitura e nem muitas vezes, essa realidade. É através dela que conseguiremos um resultado essencial na Educação voltada para a vida, lembrando que cada sujeito tem um conceito para a sua formação de acordo com o que se é trabalhado, mas se esse trabalho for bem desenvolvido e com um olhar para a realidade desse aluno conseguiremos obter sucesso junto a esse sujeito.
Olá, Vanessa. Que bom vc está novamente conosco em 2016!
A leitura da realidade, que vc menciona, ou a “leitura do mundo”, como dizia Paulo Freire, é uma competência essencial para o desenvolvimento dos alunos.
Como vc faria isso? Pense em uma atividade pedagógica, um item de Prova Brasil, por exemplo, em que vc consiga trabalhar um descritor (habilidade) da Matriz do Saeb e, ao mesmo tempo, estimular o seu aluno a analisar a realidade em que vive.
Abraços, Marcelo Nonato
Não se pode pensar que um aluno hoje, aprende simplesmente com o professor exigindo que copie de tal página a tal página e que tenha respostas prontas e exatas assim como esta no livro do professor. O aluno constrói sua resposta, mostra ao professor e, assim surge um diálogo em sala de aula. Assim irão surgindo os porquês daquela resposta, como o aluno chegou a tal conclusão. O diálogo é essencial.
Olá, Kézia. Seja bem-vinda, novamente!
Falou tudo, em poucas palavras: copiar não significa aprender.
É importante ao professor, como vc afirmou, ir além das “respostas prontas” e procurar entender como o aluno construiu o seu pensamento e chegou à resposta, e isso só se faz numa relação de diálogo.
Proponho a seguinte reflexão: Como vc conduziria um diálogo com um aluno que chegou a uma resposta errada a uma questão que vc propôs? De que forma vc o ajudaria a encontrar a resposta certa?
Abraços, Marcelo Nonato
Ao assistir os vídeos e ler mais um pouco sobre o assunto, quando se fala na competência essencial a ser trabalhada no programa, penso na sensibilidade que temos que ter para trabalhar neste programa e construir algo a mais nos alunos. Penso que essa sensibilidade é essencial para poder enxergar o que aquele aluno necessita, o que será preciso fazer para que os alunos deixem se aproximar para colocarmos o programa em prática e assim incitá-los a mobilizar seus conhecimentos abrindo espaço para aprenderem mais.
Olá, Pâmela. Seja bem-vinda ao Programa!
Ótima sua contribuição! A “sensibilidade para enxergar o que o aluno necessita”, que vc menciona, e que “abrirá espaço para aprenderem mais”, pode ser chamada também de “empatia”. Você concorda? Procure na internet ou em bibliografia impressa o que significa a empatia e como essa competência pode ser desenvolvida.
Depois reflita: em termos práticos, o que vc faria para mobilizar a atenção dos seus futuros alunos, no primeiro dia de atividades do Programa, na escola em que irá atuar?
Abraços, Marcelo Nonato
Os tempos mudaram e vemos que a forma de ensinar matérias em salas de aulas devem ser modificadas, para que o aluno possa relaciona seu dia a dia com o que é passado na escola. É através de métodos relacionados ao seu meio que o jovem consegue se impor na sociedade tendo a capacidade de toma uma conclusão sobre certos assuntos.
A maneira mais eficaz de ensinar nos dias atuais é através de métodos diferenciados para que não ocorra uma sobrecarga na cabeça do jovem, para que possa despertar o interesse dos alunos. Os vídeos acima são pequenas maneiras de como nos educadores devemos nos posicionar perante os nossos alunos, ajudando no desenvolvimento e formação de personalidade dos mesmos.
A exploração do aluno é essencial para aprimorar a capacidade de cada um deles. Quanto mais desafiado o aluno for, maior será sua evolução de capacidade e competência, e quanto mais conseguirmos envolver os jovens em nossos métodos de ensino de forma diferenciados, maior será seu desenvolvimento.
Olá, Camila! Seja bem-vinda ao Programa.
Você traz um aspecto importante, que é o desafio de aproximar o ensino à realidade do alunos, a fim de despertar seu interesse pelo estudo.
Um desafio bem grande para os professores, pois sabemos quantos compromissos e obrigações eles têm de cumprir para desempenhar sua função, diante de muitos alunos e muitas turmas.
Como você faria isso, como estagiária? Que metodologia utilizaria para desenvolver um ensino diferenciado? O que você priorizaria na sua estratégia: uma postura acolhedora, como educadora? Recursos didáticos diferenciados? Atividades práticas que envolvam os alunos? Como vc faria? Dê exemplos.
Abraços, Marcelo Nonato
É primordial que as escolas incentivem os alunos a entender as diferenças físicas, religiosas e culturais existentes, não só entender como respeitar e saber a importância dessas diferenças no meio em que vivem, desenvolvendo nos alunos a capacidade de tolerar e aprender com o novo mesmo que o novo não seja seu objeto de desejo .
Exemplo prático é um aluno que não se interessa por ciências mas respeita o conteúdo. Dessa maneira tem maior chance de estudar, conseguir boas notas e assimilar a matéria. Mesmo não a classificando como essencial, esta pode ser importante no seu futuro profissional e ou pessoal.
Incentivando a capacidade de tolerar e aprender com o “diferente” as escolas formarão cidadãos mais tolerantes, cultos e participativos, pois os mesmo não se envolveram apenas no que gostam e sim no todo que o cerca.
Claro que este trabalho deve-se iniciar em casa. A escola é apenas um complemento.
Olá, Marcos.
Você destaca uma importante competência, que pode ser desenvolvidas na escola, que é a de viver em sociedade (por exemplo: “entender as diferenças”, “formar cidadãos mais tolerantes etc.”). Na proposta do Relatório Delors (procure saber o que é…), essa competência está sintetizada no pilar “aprender a viver junto”.
Vc afirma também que esse trabalho de se iniciar em casa, em consonância com o que diz o professor Celso Antunes sobre a bagagem que o aluno já possui.
Duas questões para vc refletir: como lidar como alunos que ainda não a possuem? Como despertar o interesse do aluno para um conteúdo que ele (aparentemente) não gosta, Matemática, por exemplo?
Marcelo Nonato